postado em 09/06/2008 21:07
BOGOTÁ - O presidente colombiano, Alvaro Uribe, negou, nesta segunda-feira (09/06), que tenha subornado uma deputada para que votasse no Congresso em favor de uma reforma constitucional que acabou por autorizar sua reeleição, em 2006.
Uribe, que é investigado por esse caso na Câmara de Representantes, disse em um comunicado que a ex-legisladora Yidis Medina "nunca" lhe pediu cargos no Estado em troca de votar "favoravelmente" a reforma.
Na semana passada, a Corte Suprema de Justiça condenou Medina por suborno, destacando que ela recebeu propinas para apoiar a emenda, supostamente de dois ministros.
Segundo a parlamentar, que está presa, Uribe sabia desses subornos, que ela aceitou, mas que não foram cumpridos em sua totalidade. "Creio não ter pedido a qualquer congressista em particular para que votasse o ato legislativo. Se alguém recebeu esse pedido meu, eu rogo que o expresse", acrescentou o presidente, acusando Medina de ter pressionado funcionários, há quatro meses, para que lhe dessem postos na estatal Ecopetrol.
Os votos de Medina e do congressista Teodolindo Avendaño, que também está preso, permitiram que a reforma fosse aprovada e, depois disso, que Uribe fosse reeleito com ampla margem.