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Farc analisam soltar reféns, mas processo será difícil, diz senadora

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postado em 10/06/2008 21:35
BOGOTÁ - A guerrilha das Farc considera a libertação da franco-colombiana Ingrid Betancourt e de outros reféns, mas esse processo se vislumbra "extremamente difícil", afirmou nesta terça-feira (10/06) a senadora colombiana Piedad Córdoba, ex-mediadora da troca de reféns por guerrilheiros presos. "A libertação de Ingrid está mais próxima. Sua libertação está próxima", assinalou a senadora da oposição em entrevista coletiva. "Posso garantir que há vontade das Farc na troca e na libertação dos reféns, mas as próximas libertações serão absolutamente difíceis". Córdoba, ex-mediadora da troca de reféns da guerrilha por cerca de 500 rebeldes presos, disse que já estabeleceu contato com as Farc e que pode garantir "a disposição pelo intercâmbio (humanitário) e pela entrega (dos reféns)". Sobre a versão do ex-refém das Farc Luis Eladio Pérez de que Betancourt e outros três reféns serão soltos em breve, Córdoba declarou: "ainda não estão a caminho, mas sua libertação será mais rápida do que podemos esperar". Córdoba - que concedeu a entrevista ao lado de Yolanda Pulecio, mãe de Betancourt - se declarou vítima de uma campanha por parte do governo de Alvaro Uribe, que visa a sua "morte política e física". E-mail A última edição da revista colombiana Semana traz um e-mail, supostamente encontrado no computador de Raúl Reyes, no qual um comandante das Farc chamado "Cesar" relata ao líder guerrilheiro detalhes de uma reunião que teve com Córdoba no dia 11 de novembro. "Ela acredita que será preciso soltar alguém para entregar a Chávez na fronteira, mas não deve ser Ingrid, já que os demais não importam", diz Cesar. Raúl Reyes foi morto por um comando do Exército colombiano no dia 1º de março, em uma operação no território do Equador, quando os militares apreenderam seu computador. Córdoba e o presidente venezuelano, Hugo Chávez, mediaram a troca de 39 reféns das Farc, incluindo Betancourt, por cerca de 500 rebeldes presos, até que o governo colombiano suspendesse tal intervenção.

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