postado em 11/06/2008 08:02
TÓQUIO - O Senado japonês aprovou nesta quarta-feira (11/06) uma moção de censura apresentada pela oposição contra o primeiro-ministro Yasuo Fukuda em uma decisão não vinculante, mas que cria embaraço ao chefe de Governo, que perde popularidade a cada mês. A moção ; aprovada por 131 votos contra 105 ; foi motivada por um impopular plano de saúde que aumenta os custos para muitos cidadãos idosos.
"O gabinete de Fukuda deve levar isto muito a sério", disse Yukio Hatoyama, secretário-geral do Partido Democrata do Japão (centro), o principal da oposição. Antes da moção de censura, o porta-voz do governo, Nobutaka Machimura, anunciou que Fukuda não renunciará ao cargo. Esta é a primeira censura aprovada contra um premier desde a adoção da Constituição japonesa após a Segunda Guerra Mundial em 1945.
"O primeiro-ministro não tem a intenção de renunciar, nem de convocar eleições legislativas antecipadas", disse Machimura quando os senadores ainda debatiam a questão. Fukuda, cuja popularidade caiu a 20%, rebateu em várias oportunidades os pedidos de renúncia ou de convocação de eleições antecipadas. Além disso, descartou qualquer reforma ministerial antes da reunião de cúpula de G8, em julho, na cidade de Hokkaido.
O Senado japonês é controlado pela oposição de centro-esquerda, que impôs uma derrota eleitoral histórica ao Partido Liberal Democrata (PLD, que governa o país). O PLD de Fukuda tem a maioria na Câmara dos Deputados.