postado em 12/06/2008 17:57
WASHINGTON - Barack Obama, candidato democrata à Casa Branca, saudou nesta quinta-feira (12/06) a decisão da Suprema Corte norte-americana autorizando os detidos em Guantánamo a apresentar um recurso à justiça civil, mas seu rival republicano John McCain manifestou sua preocupação.
"A decisão da Corte é uma rejeição à tentativa do governo Bush de criar um buraco negro jurídico em Guantánamo, uma política equivocada que John McCain apóia", declarou Obama em um comunicado.
"É um passo importante para restabelecer nossa credibilidade como nação comprometida com a defesa do Estado de direito, e para rejeitar um falso dilema entre a luta contra o terrorismo e a proteção das liberdades individuais", acrescentou Obama.
"Não podemos nos permitir perder ainda mais tempo na luta contra o terrorismo", acrescentou o candidato democrata, que também denunciou o sistema de tribunais militares de exceção instaurados em Guantánamo para julgar parte dos detidos por terrorismo.
McCain
John McCain se mostrou mais reticente em relação à decisão: "Não tive ainda a oportunidade de ler a decisão (que) evidentemente me preocupa muito. São combatentes ilegais, não são cidadãos norte-americanos", declarou McCain durante um comício eleitoral.
"Mas é uma decisão tomada pela Suprema Corte e agora temos que seguir em frente. Como vocês sabem, sempre fui favorável ao fechamento de Guantánamo e ainda penso que isso é o que temos que fazer", acrescentou.