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Desabastecimento volta a ameaçar Argentina

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Buenos Aires - Pela terceira vez nos últimos três meses, a Argentina está à beira do desabastecimento de alimentos. Para complicar, a nova fase de escassez é complementada pela falta de combustíveis. Várias associações empresariais alertam para um cenário grave de ausência de produtos alimentícios, diesel e gasolina a partir deste fim de semana. O atual desabastecimento está sendo considerado pior que o de março passado, durante o primeiro locaute dos produtores agropecuários, que durou 21 dias. Pela primeira vez o chefe do Gabinete de ministros, Alberto Fernández, admitiu que o governo está preocupado com o risco de desabastecimento. Os protagonistas dessa nova crise são as empresas de transportes de cargas, que colocaram motoristas e caminhões para fazer piquetes nas estradas. A partir desta sexta-feira (13/06), o pão para os portenhos e para os habitantes das grandes cidades começa a rarear. Segundo a Federação Argentina da Indústria do Pão, sem farinha, quase 10 mil padarias estão à beira de fechar as portas, na espera que a situação se normalize. No mercado central de Buenos Aires, os comerciantes só estão recebendo 10% do total costumeiro, e as gôndolas dos supermercados ficam rapidamente vazias. A Confederação de Empresários de Combustíveis anunciou ontem que em Córdoba - segunda cidade do país e grande centro produtor de autopeças e de empresas da agroindústria - 70% dos postos estão fechados desde o início da semana, por falta de combustível.