postado em 16/06/2008 16:37
A República Checa, a Suécia e a Itália informaram nesta segunda-feira (16/06) que pretendem bloquear os esforços para que se levantem sanções contra Cuba impostas pela União Européia (UE). Esses países pedem antes disso melhorias em relação ao respeito aos direitos humanos no país. Muitos países da UE, liderados pela Espanha, querem melhorar a relação com o novo presidente cubano, Raúl Castro, que assumiu no lugar do irmão, Fidel, em julho de 2006. Raúl inicialmente ficou como interino, sendo em seguida confirmado como titular do cargo. Essas nações querem cancelar sanções impostas ao país cinco anos atrás
As sanções não estão em funcionamento atualmente. Elas foram suspensas em 2005. Contudo, funcionários da UE pedem a retirada completa das sanções. A atitude teria como objetivo mostrar a Cuba que a UE está pronta para uma reaproximação. Segundo diplomatas, esse plano "reconheceria mudanças em Cuba", no quesito melhoria nos direitos dos cidadãos. Ainda assim, seria divulgado um relatório anual sobre direitos humanos na ilha e novas censuras não estariam descartadas
A extensão da mudança no tema dos direitos humanos em Cuba é alvo de controvérsias. O ministro de Relações Exteriores da República Checa, Karel Schwarzenberg, disse que espera ainda mais provas de que Raúl Castro trabalha para libertar dissidentes e resguardar os direitos humanos. Do contrário, a medida será bloqueada, afirmou
O ministro de Relações Exteriores da Suécia, Carl Bildt, e o ministro de Relações Exteriores da Itália, Franco Frattini, também defenderam uma linha mais dura com Cuba. As sanções foram impostas em 2003, após o governo cubano prender 75 dissidentes. Cinqüenta e cinco deles ainda cumprem sentenças. Quando a UE levantou as punições, em 2005, retomou as relações diplomáticas e encerrou a proibição de conversas com funcionários cubanos. Ainda que suspensas, as sanções são periodicamente discutidas e poderiam ser retomadas