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Dois casais de lésbicas realizarão primeiros casamentos gays na Califórnia

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postado em 16/06/2008 18:03
Dois casais de lésbicas, ativistas dos direitos dos homossexuais, contrairarão matrimônio nesta segunda-feira (16/06) na Califórnia, onde entra em vigor uma histórica legislação estatal que permite o casamento gay - embora sem o reconhecimento do governo federal. Em Los Angeles, Robin Tyler e Diane Olson, de 66 e 54 anos, trocarão alianças um minuto depois da entrada em vigor da lei, às 17h (0h GMT) de hoje, da mesma forma que Phyllis Lyon e Del Martin, de 87 e 83 anos de idade, que se casarão em São Francisco. Os dois casais esperaram, respectivamente, 30 e mais de 50 anos para se casar e oficializar sua união sob os mesmos termos legais que regem os casamentos heterossexuais, uma batalha levada até a Suprema Corte da Califórnia e que teve sua vitória declarada no dia 15 de maio. Tyler, Olson, Lyon e Martin serão as únicas a se casar na segunda-feira, em uma estréia simbólica da lei. Na terça-feira, no entanto, uma verdadeira legião de casais é esperada nos cartórios do estado em busca de certidões de casamento. A Califórnia - estado mais povoado dos Estados Unidos, com 37 milhões de habitantes - permitirá matrimônios entre uma "parte A" e uma "parte B" para seus residentes e todos os americanos que viajarem até lá para oficializar suas uniões. "Se gays e lésbicas têm negado o direito a se casar isso é segregação", disse Robin Tyler, produtora e roteirista que é ativista pelos direitos dos homossexuais desde a década de 70. "Igualdade não é dar outro nome para nossas relações (como a figura legal já exixtente de 'sociedade doméstica'), igualdade é nos dar o mesmo 'matrimônio'", concluiu. Depois de Massachusetts, a Califórnia é o segundo estado a legalizar o casamento gay. Em Nova Jersey e Vermont já existem leis garantindo o direito a casais do mesmo sexo, semelhantes às que gozam os casais heterossexuais, mas sob outra denominação. Segundo um recente estudo universitário, mais de 100.000 casais homossexuais vivem atualmente no estado e a metade deve se casar nos próximos três anos.

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