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Chanceler russo prefere diálogo com Irã ao uso da força

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postado em 20/06/2008 13:42
Moscou - O ministro das Relações Exteriores da Rússia, Serguei Lavrov, rejeitou nesta sexta-feira (20/06) a possibilidade de uso da força contra o Irã pelo fato de não existirem provas de que a república islâmica esteja tentando desenvolver armas atômicas. Lavrov defendeu que Teerã seja engajado no diálogo e encorajado a cooperar com a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), subordinada à Organização das Nações Unidas (ONU). Lavrov fez o comentário quando jornalistas pediram a ele que comentasse a recente declaração de um ministro israelense segundo o qual o Estado judeu poderia atacar a república islâmica caso ela não interrompa seu programa nuclear. "Eu espero que as ações reais sejam baseadas no direito internacional", disse Lavrov. "E as leis internacionais claramente protegem a integridade territorial tanto do Irã quanto de qualquer outro país." Lavrov informou que a Rússia pediu tanto aos Estados Unidos quanto a Israel que forneça informações factuais para sustentar a acusação de que o Irã estaria desenvolvendo em segredo um programa nuclear bélico. "Até o momento não vimos nada disso. E à mesma conclusão chegou a Agência Internacional de Energia Atômica. É absolutamente incorreto afirmar levianamente que o Irã continua construindo armas nucleares", justificou Lavrov. O governo iraniano nega as acusações, assegura que suas usinas atômicas têm fins estritamente pacíficos de geração de energia elétrica e já declarou em diversas ocasiões que não pretende interromper suas atividades nucleares.

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