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47 sítios disputam indicação para se tornar Patrimônio Mundial da Unesco

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postado em 20/06/2008 13:50
PARIS - Quarenta e sete paragens naturais ou culturais, várias delas na América Latina, rivalizam entre si para fazer parte do Patrimônio Mundial da Unesco, na sessão anual prevista para o período de 2 a 10 de julho em Quebec (Canadá). Estará reunido, na ocasião, o comitê patrimonial da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), composto por especialistas e representantes de 21 países eleitos pelos Estados membros. O Brasil também aspira a integrar um dos seus patrimônios: desta vez, a Praça de São Francisco, na cidade de São Cristóvão - a quarta cidade mais antiga do país e primeira capital de Sergipe, fundada em 1590, tendo sido tombada pelo patrimônio histórico nacional desde 1939. São Cristóvão desenvolveu-se segundo o modelo urbano português, em dois planos: cidade alta, com sede do poder civil e religioso, e cidade baixa, com o porto, fábricas e população de baixa renda. O casario guarda nas fachadas e nos telhados a divisão social do Brasil Colônia. Em 1637 foi invadida pelos holandeses, ficando praticamente destruída. No final do século XVII, a cidade foi reconstruída, com Sergipe sendo anexado à Bahia e São Cristóvão passou ser sede de Ouvidoria. Em 1820, através de decreto de Dom João VI, Sergipe foi emancipado da Bahia, sendo elevado à categoria de Província do Império do Brasil. São Cristóvão tornou-se, então, sua capital. No final da primeira metade do século, os senhores de engenho lideraram um movimento com o objetivo de transferir a capital para outra região, para facilitar o escoamento da produção açucareira. Em 17 de março de 1855, o então presidente da Província, Inácio Joaquim Barbosa, transferiu a capital para Aracaju. Entre outros sítios naturais propostos figuram o canteiro da Fábrica Nacional de Cimentos (FANCESA) no Cerro de la Cal de Sucre na Bolívia e a reserva de biosfera de mariposa monarca no México.

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