postado em 23/06/2008 21:13
Especialistas nas relações entre Brasil e Estados Unidos se reuniram nesta segunda-feira (23/06) na Federação do Comércio do Estado de São Paulo para discutir o processo eleitoral norte-americano. A conclusão do Fórum Brasil-Estados Unidos foi que a eleição do candidato republicano à Casa Branca, John McCain, favoreceria as exportações brasileiras.Para Susan Kaufman Purcell, diretora do Centro de Política Hemisférica da Universidade de Miami, McCain parece ser melhor para o Brasil por ter se declarado a favor da eliminação da tarifa de importação do etanol brasileiro e do fim dos subsídios ao etanol de milho. Já o candidato democrata, Barack Obama, diverge dessas posições.
Purcell lembrou ainda que McCain já se declarou favorável ao ingresso do Brasil no Conselho de Segurança das Nações Unidas como membro permanente. Obama ainda não se pronunciou a respeito. O diretor do Instituto Brasil do Centro de Woodrow Wilson, Paul Sotero, destacou a importância do Brasil nessas eleições, por ser um país ;líder em agricultura e em novas energias renováveis;, e também vê em McCain o melhor presidente norte-americano para o Brasil.
;McCain tem a plataforma que interessa mais, já que é a favor do comércio. Mas isso poderia ser levado a cabo? A Câmara vai estar com ainda mais democratas depois dessa eleição;, afirmou, recordando a maioria de oposição no Congresso norte-americano.
Sotero observou que Obama possui posições consideradas mais complicadas, ligadas a questões sociais e ambientais, colocando desafios que atraem os brasileiros para o debate. ;Mas um presidente democrata teria chances de debater melhor? Em tese. (O ex-presidente democrata Bill) Clinton precisou de apoio republicano para aprovar o Nafta (Acordo de Livre Comércio da América do Norte;, explicou Sotero.
Elogio ao Brasil
Confirmando sua sintonia com os assuntos que interessam ao Brasil, McCain desafiou a indústria automobilística a enfrentar o desafio ambiental e a aumentar a produção de motores não poluentes. McCain ofereceu um prêmio de US$ 300 milhões e reduções de impostos para a empresa que desenvolver uma bateria de automóveis capaz de reduzir a dependência de petróleo.
Em discurso na Califórnia, o republicano citou o Brasil como exemplo bem-sucedido de transformação do parque automobilístico, pois em apenas três anos fez com que ;70% de seus carros novos tivessem flexibilidade no uso de combustíveis (álcool e gasolina);.
Com informações da Ansa e AFP