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Na Indonésia, 52% apóia lei islâmica, revela pesquisa

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postado em 24/06/2008 17:34
A maioria dos indonésios apóia o estabelecimento da lei islâmica a Sharia, mas menos da metade deseja que as penalidades estabelecidas no texto sejam realmente aplicadas, como cortar as mãos dos ladrões e obrigar as mulheres a se vestirem de maneira tradicional. Essa é a conclusão da pesquisa da agência Roy Morgan, da Austrália. De acordo com o estudo, 52% dos indonésios entrevistados entre julho de 2007 e março deste ano mostraram-se favoráveis à introdução de alguma forma da lei islâmica no país e nas suas vidas. Embora muitos dos 200 milhões de indonésios pratiquem uma forma moderada e tolerante do islamismo, alguns grupos gostariam de afastar as tradições seculares do país e substituí-las pela imagem do Islã ortodoxo encontrada em países do Oriente Médio. A Sharia, baseada no livro sagrado do islamismo, o Alcorão, e nos ensinamentos do profeta Maomé, é aplicada de formas diferentes nos países islâmicos. Ela é usada mais como um sistema familiar em países como o Egito e a Malásia, embora governe todos os aspectos da vida em países como a Arábia Saudita e o Irã. Nessa vertente, a lei é seguida ao pé da letra. A Sharia determina que ladrões tenham as mãos cortadas, adúlteros sejam apedrejados e as mulheres se cubram com o xador - um manto negro, que deixa apenas parte do rosto descoberto. Quando questionados se as mulheres deveriam vestir o "hijab", um tipo de véu e lenço na cabeça, 45% dos indonésios responderam "sim". Já 40% dos indonésios disseram desejar que uma mão fosse amputada de cada ladrão. A pesquisa foi feita com 27 mil indonésios com idade superior a 14 anos, em várias cidades do país e tem uma margem de erro de 1,3 ponto porcentual.

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