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Nova York inaugura cataratas gigantes de Olafur Eliasson

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postado em 26/06/2008 15:55
NOVA YORK - Nova York inaugurou nesta quinta-feira (26/06) quatro quedas d'água de Olafur Eliasson, uma reflexão sobre o tempo e o espaço do artistas dinamarquês sob a forma de gigantescas cortinas líquidas que caem no East River. O artista escandinavo, de 41 anos, concebeu quatro estruturas de metal que bombeiam a água do East River e a fazem cair livremente, dando a impressão de cascatas naturais. As quedas d'água estão situadas na Governors Island, na ponte do Brooklyn, e em dois cais. Há passeios de barco especiais para vê-las, com a cidade de Nova York criando circuitos para pedestres e ciclistas de onde se pode admirá-las. A cidade pretende recuperar US$ 55 milhões com o turismo até 13 de outubro. Com uma vazão de 132.000 litros por minuto, as quatro instalações criam a ilusão de cataratas em pleno rio. A energia que aciona as bombas é 100% "verde", asseguram os organizadores. "Trata-se do tempo e de uma experiência sobre o espaço", explicou Eliasson à AFP. "A água possui um grande potencial para ser ao mesmo tempo alguma coisa de muito concreto e de muito indefinível, o que pode representar coisas muito diferentes, segundo as pessoas". Nascido em Copenhague em 1967, criado na Dinamarca e na Islândia - de onde também possui a nacionalidade - Eliasson vive atualmente entre Berlim e sua cidade natal. Seu "Studio Olafur Eliasson" é um laboratório de pesquisa artística onde trabalham 30 arquitetos, engenheiros e artistas, para a concepção de instalações, esculturas e outros projetos em grande escala. As quedas d'água são ativadas das sete horas da manhã às dez da noite, sendo visíveis das duas margens do East River, em Manhattan e no Brooklyn. "São um espetáculo incrível", disse o prefeito da cidade Michael Bloomberg durante a cerimônia de inauguração. A ponte do Brooklyn, que festejou no mês passado 125 anos, é objeto de iluminações noturnas excepcionais. Nova York já acolheu em 2005 a instalação "The Gates", "os portões", do artista francês Christo, no Central Park. A obra já rendeu US$ 254 milhões à economia nova-iorquina, segundo a prefeitura. O custo das quedas, estimado em US$ 15,5 milhões, foi em maioria financiado por doações privadas.

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