postado em 28/06/2008 13:28
WASHINGTON - O candidato republicano à Casa Branca John McCain precisou retomar quatro vezes seu discurso durante um evento organizado por uma associação de funcionários hispânicos em Washington, interrompido por protestos em inglês e espanhol contra a guerra no Iraque.
"Esses homens e mulheres são meus irmãos e irmãs", dizia McCain, referindo-se aos soldados de origem hispânica que integram as forças armadas americanas. Suas falas, no entanto, foram subitamente interrompidas - pela segunda vez - por uma mulher, que saiu da multidão chamando McCain de "criminoso de guerra".
Como senador, McCain votou a favor da invasão do Iraque em 2003. "McCain = Guerra", dizia um cartaz carregado pela mulher, de aproximadamente 45 anos.
Ela foi retirada do salão onde acontecia o fórum da Associação Nacional de Funcionários Eleitos Hispânicos (Naleo, na sigla em inglês) em um hotel de Washington. Entretanto, quando foi detida e parou de falar, outra mulher com um cartaz escrito "Criminoso de Guerra" começou a gritar: "Traga nossas tropas de volta para casa. Você tem o poder para fazê-lo".
Visivelmente incomodado, o candidato continuou o discurso. Também deveria falar no evento o democrata Barack Obama, que disputará a presidência com McCain nas eleições de novembro. Além de discursar, McCain respondeu perguntas sobre a guerra.
"A guerra no Iraque foi terrivelmente mal administrada. Adotamos esta nova estratégia e estamos ganhando", argumentava McCain, quando um homem que se fazia passar por jornalista surgiu entre os repórteres gritando: "O envio de reforços falhou, o envio de reforços falhou".
McCain foi interrompido ainda por uma mulher afirmando que o senador não representa o estado do Arizona (sul). Ela disse que o Arizona quer um candidato "pacifista".