postado em 28/06/2008 17:38
LOS ANGELES- Os estúdios de cinema de Hollywood se preparam para enfrentar uma possível nova greve quando, na segunda-feira, vencer o contrato trabalhista entre o Sindicato de Atores de Cinema (SAG) e a Aliança de Produtores de Filmes e Televisão (AMPTP). As negociações para renovar o contrato terminaram em ponto morto no mês passado e reavivaram os temores de uma paralisação do setor depois da longa greve de roteiristas entre novembro de 2007 e fevereiro deste ano.
A imprensa de Hollywood afirma que os estúdios maiores tentaram de todos os modos completar as filmagens de projetos existentes, enquanto que os estúdios de televisão gravaram a maior quantidade possível de algumas séries para poder ter material armazenado em caso de uma nova greve. No momento nem o SAG nem os outros sindicatos, como a Federação Americana de Artistas de Rádio e Televisão (AFTRA) falaram da convocação de uma greve, e ambos dão sinais de boa vontade para negociar.
No entanto, um ponto que complica a situação é que o AFTRA, considerado um sindicato pequeno (70.000 afiliados), deu sua aprovação a uma tentativa de negociação proposta pelo AMPTP, o que desagradou o SAG (120 mil membros). A divisão dos dois sindicatos ganhou a imprensa quando astros como Tom Hanks, Kevin Spacey e Alec Baldwin declararam seu apoio ao AFTRA e Jack Nicholson, junto a Ben Stiller, ficaram do lado do SAG.
A disputa fez George Clooney divulgar nesta semana um comunicado onde pede a unidade e afirma que o fracasso dos dois grupos sindicais fortalece apenas a posição dos grandes estúdios. Os atores de cinema desejam o aumento dos salários de seus colegas de menos exposição do que aqueles que aparecem nas grandes produções e ganham menos de 100 mil dólares por ano, além de pedir uma quantidade maior dos lucros que os estúdiso ganham com as vendas de DVD e produtor relativos às novas plataformas tecnológica.
Os estúdios afirmam que o novo contrato com os atores seguirá os acordos alcançados com os roteiristas e diretores no início deste ano, e acusou o SAG de apresentar pedidos irracionais. O impasse nas negociações já afeta a produção de vários grandes projetos, entre eles "Anjos e Demônios", filme baseado em livro do mesmo autor de "O código da Vinci", da Sony Pictures.