postado em 28/06/2008 18:23
Paris - Cerca de meio milhão de pessoas participaram da Parada do Orgulho Gay em Paris neste sábado (08/06), entre elas jogadores de futebol e bombeiros homossexuais. Também estavam presentes o prefeito da capital francesa, Bertrand Delanoe, e o ex-ministro da Cultura Jack Lang, além de representantes dos partidos políticos, entre eles o conservador UMP, do presidente Nicolas Sarkozy, e o centrista MoDem.
O dia 28 de junho é escolhido pelas comunidades de homossexuais, lésbicas, transexuais e simpatizantes de vários países para promover passeatas porque é o aniversário de uma manifestação em que os homossexuais de Nova York manifestaram-se pela primeira vez contra arbitrariedades e intimidações por parte da polícia, em 1969.
O tema da parada gay deste ano em Paris foi "Por uma Escola sem Qualquer Discriminação" - contra o racismo, o sexismo e a xenofobia. Em Berlim, a parada gay teve a participação de dezenas de milhares de pessoas, entre elas o vice-presidente da Câmara dos Deputados da Alemanha, Wolfgang Thierse, e Rudolf Brazda, de 95 anos, sobrevivente do campo de concentração de Buchenwald, onde foi encarcerado pelo regime nazista em 1941 por ser homossexual.
No Leste Europeu, as paradas gay foram palco de confrontos. Em Brno, segunda maior cidade da República Checa, um grupo de extremistas de direita tentou impedir a marcha, que tinha cerca de 500 participantes, entre eles a ministra dos Direitos Humanos do país, Dzamila Stehlikova, e a tenista Martina Navratilova. Sete extremistas foram presos.
Em Sófia, a primeira parada gay da Bulgária foi alvo de skinheads, que atiraram pedras, garrafas e bombas caseiras de gasolina contra os cerca de 150 participantes; 60 extremistas foram presos, segundo o Ministério do Interior. A Igreja Ortodoxa, as principais lideranças muçulmanas e o partido de extrema direita União Nacional Búlgara fizeram campanha ativa, mas sem sucesso, para que o governo proibisse a marcha.