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Mais de 200 feridos em protesto em Seul contra carne americana

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postado em 29/06/2008 12:45
SEUL - Mais de 200 pessoas ficaram feridas em confrontos entre a polícia e os participantes de uma manifestação em Seul. O protesto é contra a retomada das importações de carne bovina dos Estados Unidos. A polícia utilizou canhões de água contra os manifestantes, armados com paus e barras de metal destruíram janelas de um ônibus policial e queimaram objetos nas ruas. Também foram lançadas pedras, que feriram alguns manifestantes na cabeça, de acordo com testemunhas. A polícia em Seul informou que 55 manifestantes foram presos durante os incidentes, que ocorreram durante toda a noite de sábado (28/06) para domingo (29/06). Segundo a polícia, 114 policiais ficaram feridos, 15 deles gravemente. "Alguns de nossos policiais sofreram ferimentos graves, um deles está com uma fratura no crânio", disse à AFP um porta-voz da polícia. Por sua vez, os organizadores do protesto afirmaram que centenas de participantes foram feridos. A violência começou no sábado à tarde, quando a polícia tentou interromper a marcha de milhares de manifestantes que se dirigiam a sede da presidência depois de ter participado de um protesto popular que reuniu cerca de 15.000 pessoas. A decisão do governo de Seul de retomar as importações de carne bovina dos Estados Unidos provocou nas últimas semanas inúmeras manifestações, diante do temor dos sul-coreanos da doença da vaca louca e seu desacordo com a política governamental em geral. Devido aos protestos populares, o governo de Seul negociou nos últimos dias com as autoridades de Washington uma série de salvaguardas para as importações. Além disso, ambos os governos enfatizaram que a carne é segura. A secretária de Estado americana, Condoleezza Rice, aproveitou sua curta visita a Seul no sábado para pedir confiança aos sul-coreanos, garantindo que a carne do seu país é segura. A Coréia do Sul assinou um acordo em abril para retomar as importações de carne bovina dos Estados Unidos, que foi retomada de fato na quinta-feira. Elas estavam suspensas desde 2003, após ser descoberto um caso de vaca louca em um animal americano.

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