postado em 30/06/2008 13:51
SANTIAGO - O juiz chileno Alejandro Solís condenou nesta segunda-feira (30/06) à prisão perpétua o ex-chefe de la polícia secreta do ditador Augusto Pinochet, Manuel Contreras, e a penas diferentes outros oito envolvidos no assassinato do ex-comandante do Exército Carlos Prats e de sua esposa Sofía Cuthbert, informou o magistrado. Além da prisão perpétua pelo crime Contreras, que já está preso por outros casos de violações aos direitos humanos, também foi condenado a 20 anos de prisão por chefiar associação ilícita para cometer assassinatos em Buenos Aires em 1974.
O ex-brigadeiro Pedro Espinoza Bravo foi condenado a 60 anos de prisão, e o general da reserva Raúl Iturriaga Neumann a 15 anos. A filha do general Prats, Cecilia Prats, aplaudiu a resolução do magistrado, considerando que foi feita justiça; mas pode haver apelação.
Contreras esteve à frente da temida Direção de Inteligência Nacional (DINA) que operou nos primeiros anos da ditadura (1973-1990), e à qual é atribuída a maioria das 3.000 vítimas deixadas pelo regime militar entre mortos e desaparecidos.
Prats, que foi comandante-em-chefe do Exército e vice-presidente do Chile durante o governo do presidente socialista Salvador Allende, deposto por Pinochet, morreu junto com a esposa quando uma bomba explodiu sob o automóvel em que estava, no dia 30 de setembro de 1974.