postado em 02/07/2008 20:03
Os familiares da ex-candidata à Presidência da Colômbia Ingrid Betancourt, agradeceram ao mundo, no Palácio do Eliseu, em Paris pela libertação da refém das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc). Acompanhados pelo presidente da França, Nicolas Sarkozy, os filhos de Ingrid, Mélanie e Lorenzo, agradeceram ao chefe de Estado e definiram o momento como o mais importante de suas vidas. Emocionado, o caçula Lorenzo sintetizou o significado da soltura de sua mãe, seis anos após o seqüestro: "Nós ganhamos o combate pela liberdade."
Nicolas Sarkozy se referiu aos chefes de Estado envolvidos nas negociações. "Quero agradecer o presidente (Álvaro) Uribe, às autoridades e ao Exército da Colômbia, que fizeram uma operação perfeita", disse. Em seguida, ele completou a lista de agradecimentos citando os presidentes da Venezuela, Hugo Chávez, do Equador, Rafael Corréa, e da Argentina, Cristina Kirchner, definindo-os como "todos os que nos ajudaram em um momento ou outro, que não renunciaram". Sarkozy também citou os governos da Suíça e da Espanha, os dois outros mediadores do conflito entre o governo colombiano e os guerrilheiros.
A seguir, Mélanie tomou a palavra. Ofegante e tentando se controlar, a jovem admitiu que não dispunha de palavras para traduzir suas emoções e, então, se voltou aos agradecimentos e à lembrança pelos reféns que seguem na selva sul-americana. O primeiro elogio foi dirigido ao presidente francês. "Depois que ele tomou as rédeas, tudo mudou. Agora minha mãe está livre", disse. "Há ainda seqüestrados que estão na floresta. E não podemos esquecer de lutar por eles." Ao despedir-se, Mélanie descreveu o que sentia: "Quero começar a viver o mais lindo momento da minha vida".
Lorenzo repetiu o gesto em relação ao presidente e voltou a lembrar dos reféns que seguem detidos e dos que morreram em cativeiro. "Este é simplesmente o mais belo momento da minha vida". Também no Eliseu, a irmã de Ingrid, Astrid Betancourt, lembrou dos que acompanharam o desenrolar dos fatos ao longo de seis anos de cativeiro, muitos dos quais mobilizados ao redor do mundo em passeatas e atos públicos em favor da ex-candidata franco-colombiana. "Quero agradecer os anônimos que neste tempo todo carregaram Ingrid nos seus corações.