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Ingrid Betancourt chegará nesta sexta a Paris

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postado em 03/07/2008 08:41
PARIS - A ex-refém Ingrid Betancourt, libertada na quarta-feira pelo exército colombiano depois de mais de seis anos de cativeiro, estará na tarde desta sexta-feira em Paris, anunciou nesta quinta-feira (03/07) o secretário-geral da presidência francesa, Claude Guéant.

"O avião da República francesa aterrissará em menos de três horas em Bogotá; ela vai se reunir com seus filhos. Pode-se imaginar a emoção deste reencontro. Depois partirá e amanhã, no meio da tarde, estará conosco", declarou Guéant, braço direito do presidente Nicolas Sarkozy e secretário-geral do Palácio do Eliseu.

Betancourt: "a história não registra mais do que os que assinam a paz"

A política franco-colombiana Ingrid Betancourt afirmou na noite desta quarta-feira que "a história não registra mais do que os que assinam a paz, não os que fazem a guerra", ao qualificar de "operação de paz" o resgate militar dela e de outros 14 reféns das Farc. "Esta operação de paz vai ficar gravada nos anais da história, não apenas da nossa, mas do mundo inteiro", disse em um discurso exibido a partir do palácio presidencial depois de um pronunciamento do presidente Alvaro Uribe.

Ela manifestou a esperança de que o resgate, dela e dos companheiros, represente a "abertura de um caminho de paz" e afirmou que "só acredita na paz". Betancourt considerou a operação militar uma "sinfonia perfeita" e agradeceu ao Exército. A ex-candidata presidencial, seqüestrada pelas Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) em 23 de fevereiro de 2002, se declarou ainda "muito orgulhosa de ser colombiana".

Muito emocionada, Betancourt relatou a Uribe momentos do resgate, especialmente a alegria quando foi anunciado no helicóptero que os retirou da selva, que estavam todos livre, ela três americanos e 11 oficiais colombianos. Ela confessou ter sentido medo de que o helicóptero caísse e atribuiu o temor aos "momentos difíceis vividos".

"Presidente, é que você não acredita que a felicidade seja para você", acrescentou, sem conseguir evitar as lágrimas. Ela disse ter perdoado os captores e pediu ao novo comandante das Farc, Guillermo León Sáenz (conhecido como Alfonso Cano) que "poupe a vida" dos guerrilheiros que estavam encarregados de sua custódia.

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