postado em 06/07/2008 16:38
Além de coordenar posições e definir ações prioritárias para o desenvolvimento africano, líderes dos Estados Unidos, Canadá, Japão, Itália, Alemanha, França, Reino Unido e Rússia devem aproveitar seu encontro anual para comunicar ao mundo ajuda financeira para o continente que mais sofre com a inflação no preço dos alimentos. Na reunião de 2005, em Gleanegles, os países do G8 anunciaram o perdão de 100% da dívida dos países africanos. Este ano não deve ser diferente.
O Japão, que ocupa a presidência rotativa do grupo, já anunciou um gordo pacote de apoio financeiro e técnico à África nos próximos cinco anos. Na abertura da 4ª Conferência de Tóquio para o Desenvolvimento Africano (TICAD), no final de maio, o primeiro-ministro japonês, Yasuo Fukuda informou que o país dobrará a ajuda oficial para o desenvolvimento da África até 2012.
A promessa inclui mais de US$ 4 bilhões em financiamentos para o desenvolvimento da infra-estrutura do continente africano, incluindo estradas e portos. Simultaneamente, o governo japonês pretende adotar medidas de incentivo à atuação de empresas japoneses na África.
Uma das ações para facilitar os negócios no continente africano será a criação de uma linha no Banco Japonês para a Cooperação Internacional (IBIC) para financiamento direto de atividades e para garantir financiamentos concedidos por outros bancos japoneses para negócios naquele continente - com essa linha, o IBIC destinará US$ 2,5 bilhões ao desenvolvimento africano nos próximos cinco anos.
Durante a 13ª Conferência das Nações Unidas para o Comércio e o Desenvolvimento (Unctad), em abril, o governo japonês já havia anunciado uma ajuda emergencial de US$ 100 milhões para as regiões mais afetadas pela elevação do preço dos alimentos, com a promessa de que fatia significativa seria destinada à África. Outros US$ 150 milhões foram anunciados na Conferência de Alto Nível sobre Segurança Alimentar Mundial da FAO, realizada no começo de junho, em Roma.