postado em 08/07/2008 14:38
TOYAKO - A cúpula do G8 em Toyako intensificou nesta terça-feira (08/07) a pressão internacional contra o regime do Zimbábue ao acertar "medidas financeiras e de outros tipos" contra Harare, ao mesmo tempo que voltou a advertir a Coréia do Norte e o Irã por questões nucleares. Em sua declaração final, os líderes do G8 afirmaram que darão passos para introduzir medidas financeiras contra os responsáveis pela violência no Zimbábue.
O texto, em uma mensagem extremamente diplomática, evita falar abertamente de sanções, como rejeitado pela Rússia e também por inúmeros dirigentes africanos convidados em Toyako, mas Estados Unidos, Grã-Bretanha, França e Alemanha defenderam uma linha dura contra o regime de Robert Mugabe. A declaração do G8 expressa a "grave preocupação de seus membros frente a situação no Zimbábue e nega a legitimidade do novo governo".
Quanto à Coréia do Norte, pedem que abandone suas armas nucleares e coopere na verificação de seu programa atômico. No comunicado, os líderes das Oito Potências Mundiais reconheceram "o progresso realizado desde o ano passado nas negociações a seis" sobre o dossiê nuclear norte-coreano, com a participação das duas Coréias, Estados Unidos, China, Japão e Rússia.
O G8 destacou "a importância do rápido desmantelamento de todas as instalações nucleares existentes e o abandono de todas as armas nucleares e de todos os programas nucleares existentes" na Coréia do Norte. Também elogiaram a entrega do relatório sobre as atividades nucleares Pyongyang no fim de junho como "um passo à frente".
Já do Irã exigiram que "suspendam qualquer atividade relacionada ao enriquecimento de urânio" e a "responda positivamente às últimas ofertas da comunidade internacional". Os líderes do G8 pediram que o Irã cumpra as exigências das resoluções do Conselho de Segurança da ONU, "em particular que suspenda todas as operações relacionadas ao enriquecimento de urânio".
Os mandatários do G8 manifestaram seu apoio ao esforço de mediação dos seis países envolvidos nas discussões para "solucionar a questão de forma inovadora, por meio da negociação, e pedir ao Irã que responda positivamente a sua proposta", acrescentaram.