postado em 10/07/2008 16:55
O presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, sancionou nesta quinta-feira (10/07) uma lei que muda as normas que regulam as escutas telefônicas. O texto também garante imunidade às companhias telefônicas que ajudaram Washington a espionar norte-americanos em possíveis casos de terrorismo. O presidente descreveu a medida como "uma lei chave, que é vital para a segurança de nossos cidadãos".
Bush assinou o texto em uma cerimônia nos jardins da Casa Branca um dia depois de o Senado aprová-lo. O projeto foi discutido de modo acalorado no Congresso durante meses. No Parlamento foram tratadas as normas de vigilância do país e o programa presidencial de escutas telefônicas sem autorização judicial, iniciado após os atentados terroristas de 11 de setembro de 2001.
Nesses debates foi discutida a privacidade e as liberdades civis dos cidadãos em um quadro de medidas para se evitar ataques terroristas. Outro elemento era o medo do Partido Democrata de ser considerado fraco quando se trata de proteger o país. A aprovação foi uma grande vitória para o impopular Bush, que conseguiu sucesso no Congresso quando foram debatidos temas de segurança nacional e espionagem.
Bush apontou que os ataques de 11 de Setembro "mudaram nosso país para sempre". Para o presidente, os atentados mostraram às autoridades a necessidade de se saber com quem falam e o que dizem os inimigos dos EUA.
"Depois dos ataques de 11 de Setembro, poucos de nós imaginávamos que estaríamos sete anos depois sem nenhum outro ataque em território norte-americano", avaliou Bush. Antes da sanção presidencial, a União Americana pelas Liberdades Civis (ACLU, na sigla em inglês) informou que contestaria a lei nos tribunais.