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Bashir ignora acusações de genocídio do CPI

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CARTUM, 15 julho 2008 (AFP) - O presidente do Sudão, Omar al-Bashir, dançou, levantou seu bastão de comando e gritou "Alá é grande" durante sua primeira aparição pública após ser acusado de genocídio em Darfur pelo promotor da Corte Penal Internacional (CPI). Apenas algumas horas após a denúncia, formulada pelo promotor Luis Moreno-Ocampo, Bashir participou de um ato oficial em Cartum, onde foi aclamado por cerca de 500 partidários e altos funcionários do governo. Bashir, que vestia uma longa túnica branca tradicional, não fez qualquer discurso, mas gritou várias vezes "Alá é grande" durante o ato, destinado a apoiar a nova lei eleitoral, aprovada na semana passada, que prevê a realização de eleições no próximo ano, como ficou acertado no acordo de paz entre Norte e Sul, firmado em 2005. Alguns oradores condenaram a decisão do promotor da CPI, que foi qualificada de "conspiração política" contra Cartum.