postado em 15/07/2008 15:30
WASHINGTON - O candidato republicano à Casa Branca John McCain sugeriu nesta terça-feira (15/07) aumentar o número de soldados americanos no Afeganistão no mesmo modelo do que foi feito no Iraque, afirmando que a decisão de enviar reforços a este país se mostrou acertada.
"O sucesso decorrente do reforço das tropas no Iraque nos mostra como vencer no Afeganistão", afirmou McCain em Albuquerque (Novo México, sudoeste dos EUA), durante um discurso sobre a situação no Afeganistão pronunciado pouco depois de seu adversário democrata, Barack Obama, ter apresentado em Washington seu plano para o Iraque e o Afeganistão.
"O senador Obama diz que não podemos ganhar no Afeganistão sem perder no Iraque. Na verdade, é exatamente o contrário", considerou McCain. "Com a estratégia certa e o número apropriado de soldados, podemos vencer tanto no Iraque como no Afeganistão", afirmou.
"A insegurança aumentou no Afeganistão", admitiu o senador de Arizona. "Se for eleito presidente, mudarei o curso da guerra no Afeganistão como mudamos o curso da guerra no Iraque, com uma estratégia global para a vitória", garantiu.
McCain sugeriu o envio de "pelo menos" três brigadas suplementares - cerca de 15.000 soldados - ao Afeganistão, para garantir a segurança da população local, no modelo do que foi feito no Iraque. Ele expressou o desejo de que as forças americanas atuem mais no sul do Afeganistão "no coração do feudo talibã", e defendeu a unificação do comando das forças posicionadas no país. "O comandante das forças no Afeganistão precisa ser o comandante supremo de todas as forças da coalizão. Como comandante-chefe, trabalharei com nossos aliados para garantir a unidade do comando", declarou.
O candidato republicano também defendeu aumentar de 80.000 para 160.000 o número de soldados afegãos, e considerou que os aliados deveriam contribuir para financiar este Exército.
John McCain também expressou o desejo de que o Paquistão deixe de ser "um santuário" para os terroristas. "Temos que convencer os paquistaneses de que esta guerra é a deles também, e não somente a nossa", frisou.
O senador de Arizona, veterano da guerra do Vietnã que fará 72 anos em agosto, sustentou que sua experiência lhe dá uma "capacidade de julgamento".