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Congresso dos EUA aprova plano de resgate imobiliário

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postado em 26/07/2008 15:32
WASHINGTON - O Senado americano aprovou neste sábado (26/07) um amplo plano de recuperação do setor imobiliário, socorrendo, ao mesmo tempo, tomadores de empréstimos e organismos de refinanciamento hipotecários. O texto, já aprovado quarta-feira (23/07) pela Câmara dos Representantes, foi ratificado neste sábado (26/07) no Senado por 72 votos a 13. O plano de recuperação, apresentado pela imprensa americana como o mais ambicioso desta geração, deve agora ser transmitido ao presidente George W. Bush, que já adiantou que vai aprová-lo. Provocado pela pior crise do setor imobiliário desde a Grande Depressão de 1929, o plano foi concebido para ajudar as pessoas que não conseguem mais pagar suas prestações, elevando o teto dos empréstimos imobiliários que podem obter uma garantia pública. O Estado garantirá cerca de US$ 300 bilhões de empréstimos imobiliários, que darão fôlego aos devedores inadimplentes, já que as taxas de juros dos empréstimos a 30 anos estão em seu nível mais alto há um ano. Desta soma, US$ 3,9 bilhões serão destinados aos grupos locais para a recompra, assim como a reabilitação de casas penhoradas, o que a Casa Branca não queria. O texto também prevê medidas para ajudar Fannie Mae e Freddie Mac, os dois gigantes do refinanciamento hipotecário, que passaram muito perto da implosão no início do mês e cuja falência teria tido conseqüências incalculáveis para a economia americana. Por um lado, ambas as empresas estão sob a autoridade de um novo organismo de controle, com poderes reforçados. Por outro lado, o Congresso americano deu luz verde para o plano de salvamento estabelecido pelo Tesouro há cerca de 10 dias para impedir o naufrágio dos dois organismos, que perderam 50% de seu valor na Bolsa em apenas uma semana. Com o plano, os dois grupos poderão ter acesso a mais capitais públicos, porque autorizam que o Tesouro compre sua ações ou lhes empreste dinheiro até o fim de 2009. Os opositores à lei, que fizeram obstrução no Congresso adiando a sessão para o fim de semana, diziam que a medida constituía um fator de perturbação do mercado ao recompensar a credores e clientes imprudentes.

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