postado em 28/07/2008 15:56
WASHINGTON - O primeiro-ministro paquistanês, Yussuf Raza Gilani, manifestou ao presidente George W. Bush, nesta segunda-feira (28/07), seu compromisso com a luta contra o terrorismo, em contraposição à cobrança do governo americano de que seu aliado não está fazendo o suficiente para combater as incursões da rede Al-Qaeda no Afeganistão.
"Estamos decididos a combater esses extremistas e esses terroristas que destroem o mundo e o deixam menos seguro", declarou Gilani, nos jardins da Casa Branca, após reunião com Bush, em meio a um período de atritos entre Washington e Islamabad.
"Essa é a nossa guerra. É uma guerra contra o Paquistão, e nós lutamos por nossa própria causa", disse Gilani, em sua primeira visita à Casa Branca desde que assumiu o cargo, em março.
Bush disse ter ouvido "palavras fortes" de seu hóspede em relação à sua vontade de combater o extremismo. De forma velada, contudo, o presidente dos EUA expressou a preocupação americana de ver as zonas paquistanesas fronteiriças do Afeganistão servindo de abrigo a uma insurreição revigorada, que infligiu, em junho, uma das mais pesadas perdas às forças internacionais no Afeganistão desde o início da guerra, em 2001.
Bush destacou que o sucesso do governo afegão também é "do interesse" do Paquistão. "Acima de tudo, o primeiro-ministro quer ter um país pacífico na sua fronteira", continuou Bush, ressaltando o respeito dos EUA pela soberania paquistanesa.
"Se o presidente (Bush) acha que eles fazem o bastante? Penso que o presidente acha que todos devemos continuar a fazer mais, incluindo nós", frisou a porta-voz da Casa Branca, Dana Perino.
Ela destacou, contudo, "as pressões excepcionais e complexas", que o governo do Paquistão enfrenta em sua fronteira, como as pressões econômicas, e insistiu na necessidade, para os EUA, de ajudar esse país a reformar sua economia e a melhorar seus sistemas de saúde e de educação.