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McCain critica veto à exploração de petróleo na costa

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postado em 28/07/2008 16:04
Apesar do escorregão nas pesquisas após viagem do candidato democrata à presidência dos Estados Unidos, Barack Obama, ao exterior, o candidato republicano John McCain retomou nesta segunda-feira (28/07) seu formato favorito de campanha, os pequenos encontros informais onde ele fica à vontade com os eleitores. Senador pela quarta vez pelo Arizona, McCain almoçou com partidários em Bakersfield, na Califórnia, onde voltou a insistir que a retirada da proibição para explorar petróleo em águas costeiras é um meio de reduzir a dependência norte-americana por petróleo importado.

Obama, que se opõe à derrubada da proibição, esteve na capital do país para se consultar com especialistas econômicos sobre maneiras de frear o declínio da economia dos EUA. Entre os especialistas, está o investidor Warren Buffett. A questão econômica é o tema que deve definir em quem os norte-americanos votarão para presidente nas eleições de novembro.

A mais recente pesquisa do Instituto Gallup, publicada no domingo, mostra Obama na frente com vantagem de nove pontos porcentuais. A pesquisa foi realizada entre 24 e 26 de julho, durante os últimos dias da viagem de Obama ao Afeganistão, ao Oriente Médio e à Europa. Do total de 2.692 eleitores entrevistados, 49% disseram que votarão no democrata, enquanto 40% disseram que votarão em McCain. A margem de erro é de dois pontos porcentuais.

O Gallup apurou que uma das razões para o crescimento da intenção de voto em Obama foi a forte cobertura da viagem pela imprensa norte-americana, o que pode ter melhorado a percepção que o eleitor tinha do candidato em política externa - ele sempre foi criticado por McCain pela suposta falta de experiência no tema.

No domingo, Obama disse que deseja retornar ao debate sobre a economia - o crescente desemprego, os altos custos da gasolina, preços dos alimentos em alta e a crise no crédito imobiliário - enquanto McCain continuou com os ataques ao rival e sua suposta falta de qualificação para liderar os EUA em tempos de guerra, ao dizer que o democrata "não entende o que está em jogo" no Iraque.

Retirada de tropas
Num dos seus ataques mais polêmicos, McCain disse na semana passada, em New Hampshire, que "o senador Obama seria capaz de perder a guerra para vencer uma campanha política". McCain referia-se às constantes declarações do democrata de que se eleito presidente, irá retirar as tropas norte-americanas do Iraque em 16 meses após a posse. O plano de Obama de retirada foi endossado, com condições, pelo primeiro-ministro do Iraque, Nouri al-Maliki.

Em entrevista à emissora ABC, no domingo, McCain pareceu ter suavizado a declaração, mas não a retirou. "O senador Obama não entende. Ele não entende o que está em jogo (no Iraque). E ele escolheu um caminho político que o ajudou a obter a nomeação do seu partido. E se nós fizéssemos o que o senador Obama quer fazer, haveria caos, genocídio, maior influência do Irã, talvez a Al-Qaeda estabelecesse novamente uma base" no Iraque, afirmou McCain.

Obama usou o domingo para ter um encontro com jornalistas em Chicago e mais tarde foi ao centro médico do hospital da Universidade de Chicago. "Ele sentiu dores nos quadris porque jogou basquete há algumas semanas, então foi ver um ortopedista" disse o porta-voz de Obama, Robert Gibbs. "Está tudo bem. Eu vou estar bem em uma semana", disse o democrata, ao sair do hospital.

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