postado em 29/07/2008 14:18
LONDRES - O Museu de Ciências de Londres aproveitou a estréia nos cinemas das aventuras do robô "Wall-E" para apresentar ao público durante alguns dias "Emotibots", uma exposição de robôs que podem reagir emocionalmente a comportamentos humanos. ;As pessoas sabem da existência de inteligência artificial, mas sua percepção é que os robôs são autômatos industriais frios e compiladores de dados", explicou nesta terça-feira David McGoran, pesquisador em Robótica da Universidade de Bristol (oeste da Ingleterra).
"Mas durante os dez últimos anos, foi desenvolvido um novo domínio no qual os robôs se tornaram o oposto", acrescentou, após ter apresentado o "Heart Robot" (Robô Coração), um bebê-marionete em plástico flexível, programado para reagir ao som, ao toque e a movimentos próximos. O Heart Robot - que apresenta uma certa semelhança com Gollum, a criatura do "Senhor dos Anéis" - recebeu seu nome devido ao "coração" vermelho visível no lado esquerdo de seu corpo, que bate em ritmos variados.
Seus grandes olhos negros e seu ar de total felicidade atraíram para ele as atenções do público nesta terça-feira, por mais ameaçadora que fosse a criatura exposta ao seu lado: o iC Hexapod, um robô parecido com uma tarântula gigante. Enquanto que as seis patas metálicas se articulam para fazer o "animal" avançar, uma câmera miniatura instalada no lugar da cabeça analisa o rosto de uma jovem que o observa atentamente. O robô move a cabeça em função dos gestos da jovem e recua quando ela chega perto demais.
O Heart Robot e o iC Hexapod - equipado com um programa de reconhecimento facial-- são "emotibots", robôs programados para reagir às emoções humanas que o museu de Ciências de Londres apresenta de 29 a 31 de julho. Para McGoran, que participou da criação do Heart Robot, e Matt Denton, o inventor da "tarântula", criar robôs capazes de reconhecer e reagir às emoções humanas básicas é uma etapa lógica em um mundo que depende cada vez mais da tecnologia na vida cotidiana.