postado em 31/07/2008 09:35
A engenheira química paulistana Suely Kida, de 50 anos, morreu atropelada por um caminhão no sábado no balneário de Cancún, no Caribe mexicano. Supostamente em alta velocidade, o veículo não conseguiu parar em um semáforo fechado na avenida principal e bateu em vários carros, que acertaram a brasileira. O acidente ainda feriu o marido de Suely, o advogado Wilson Kida, sua filha, Bianca, e um funcionário do hotel em que a família estava hospedada.
Bianca, de 17 anos, foi internada no hospital de Cancún e passou por cirurgias - ela sofreu traumatismo craniano, quebrou os braços e a clavícula e teve hemorragia interna no baço. A estudante só deve ter alta na semana que vem. "Estamos no México sem ajuda da nossa Embaixada", diz Wilson Kida, que sofreu ferimentos leves. Seu outro filho, William Kida, de 21, já havia atravessado a rua e nada sofreu. Os dois devem voltar hoje ao País para acompanhar o traslado do corpo.
Era o último dia da família em Cancún depois de uma semana de férias. Bianca quase não foi atendida por falta de dinheiro. "Não tínhamos dinheiro vivo e o hospital não aceita cartão ou cheque", contou Wilson, que não fala espanhol. "Um funcionário do hotel chegou a dar o carro como garantia, mas nem isso aceitaram. Só as bolsas de sangue custaram US$ 800."
O advogado conta que procurou ajuda da Embaixada brasileira na Cidade do México, mas foi tratado com indiferença. "Precisava de um tradutor e de uma ajuda para remeter dinheiro do Brasil para o México. O senhor Jorge Luís Dias, que informou ser vice-cônsul, disse que eu não poderia contar com qualquer outro tipo de ajuda." A Assessoria de Imprensa do Ministério das Relações Exteriores informou que a pessoa que deu informações não é diplomata, mas funcionário da Embaixada. O Itamaraty pediu para o setor consular apurar o caso e dar assistência à família.