postado em 06/08/2008 08:40
A comunidade internacional corre contra o tempo para evitar que aquele 6 de agosto de 1945 torne a se repetir. Na véspera do 63; aniversário do bombardeio atômico a Hiroshima, o mundo teve ontem uma notícia preocupante: o Irã entregou a Javier Solana, chefe de diplomacia da União Européia (UE), uma resposta evasiva à oferta feita em junho por seis potências mundiais. Estados Unidos, China, Rússia, França, Reino Unido e Alemanha tinham prometido abandonar os esforços para impor novas sanções ao regime teocrático islâmico caso ele interrompesse o programa nuclear.Na carta, o governo do Irã afirma estar pronto para fornecer uma ;resposta clara à sua proposta o mais cedo possível, enquanto esperamos, ao mesmo tempo, receber sua ;resposta clara; a nossas perguntas;. Segundo o texto, ;o esclarecimento mútuo pode pavimentar o caminho para um rápido e transparente processo de negociação com perspectivas promissoras;.
A reação dos Estados Unidos foi rápida e não se restringiu à retórica. Uma fonte ligada ao governo norte-americano revelou à agência de notícias Reuters que o gesto de Teerã visa a ;ofuscar e adiar;, mas não exime o país de receber novas sanções. ;É mais do mesmo ; ofuscação e adiamentos;, declarou a autoridade, sob condição de anonimato. ;Não foi o tipo de resposta que a comunidade internacional esperava;, concluiu. O Departamento de Estado norte-americano vai promover ainda hoje uma teleconferência das seis potências envolvidas e não descartou tomar ;medidas adicionais;.
Análise
Em Bruxelas, um diplomata europeu declarou à agência de notícias Associated Press que a resposta iraniana está sob análise e será discutida ;muito em breve; por Solana e diplomatas graduados dos seis países que fizeram a oferta. Pouco após o escritório de Solana ter recebido a resposta e distribuído cópias dela aos seis governos envolvidos, Washington declarou que apenas a total aceitação do pacote poderá evitar que o grupo busque sanções contra o Irã. Os incentivos oferecidos pelas seis potências incluem vantagens econômicas, diplomáticas e políticas. O Irã insiste que seu programa nuclear é voltado para o fornecimento de eletricidade.
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