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Justiça da Guiana pede prisão de brasileiros acusados de assassinar dois missionários

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GEORGETOWN - Dois brasileiros acusados de assassinar e queimar os corpos de dois missionários estrangeiros no sul da Guiana há mais de três anos estariam em condições de ser transferidos do Brasil para esse país depois da emissão de ordens de prisão contra eles, informaram fontes policiais. O chefe do Departamento Policial de Investigações Criminais, Seelall Persaud, confirmou nesta quarta-feira que uma corte emitiu ordens de prisão contra os brasileiros Aleman Cassiano Eligênio, chamado 'Dingo', e Peter Mararare. Os fugitivos haviam sido localizados no Brasil e a entrega dos acusados foi solicitada às autoridades brasileiras, apesar de ambos os países sul-americanos, que fazem fronteira, não terem acordos de extradição. Persaud destacou que esforços anteriores para obter a entrega dos dois brasileiros não tiveram sucesso. Agora os dois foram acusados formalmente e tiveram sua extradição novamente requerida. A Polícia acusa os dois brasileiros de terem roubado, assassinado e queimado os corpos do sul-africano Richard Earle Hicks, de 42 anos, e de sua esposa Charlene Hicks, de 58 anos e de nacionalidade norte-americana, em março de 2005 na cidade de South Rupunini, próxima à fronteira com o Brasil. O casal de missionários trabalhava para a organização com sede no Canadá Wycliffe Bible Translation Service, com o objetivo de traduzir a Bíblia do inglês para uma língua indígena da Guiana.