postado em 07/08/2008 07:58
NUAKCHOTT - A Junta Militar que assumiu o poder na Mauritânia prometeu nesta quinta-feira (07/08) convocar eleições presidenciais "livres e transparentes" no "período mais breve possível", revela um comunicado lido na Rádio Nacional. O Alto Conselho de Estado das Forças Armadas e da Segurança, integrado por 11 militares e dirigido pelo general Mohamed Ould Abdel Aziz "acabou com o poder do presidente da República, investido em 19 de abril de 2007", diz o texto.
"O Alto Conselho tomará as disposições necessárias para garantir a continuidade do Estado e supervisionar, com as instituições, as forças políticas e a sociedade civil, a convocação de eleições presidenciais que permitam relançar o processo democrático no país e refundá-lo sobre bases duradouras", destaca o comunicado. "Estas eleições, que serão organizadas no período mais breve possível, serão livres e transparentes, e permitirão no futuro um funcionamento contínuo e harmonioso do conjunto dos poderes constitucionais", promete a Junta Militar.
O general Abdel Aziz derrubou na quarta-feira o chefe de Estado da Mauritânia, Sidi Ould Cheikh Abdallahi, primeiro presidente democraticamente eleito do país, que foi detido na capital, Nouakchott. Abdel Aziz, chefe do Estado-Maior particular do presidente e comandante da Guarda Presidencial, tinha sido removido de suas funções pela manhã.