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Presidente paraguaio circula com Chávez no primeiro dia de governo

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postado em 16/08/2008 19:10
SAN PEDRO - O novo presidente do Paraguai, Fernando Lugo, iniciou seu primeiro dia de governo, neste sábado (16/08), acompanhado de seu colega venezuelano, Hugo Chávez, na cidade de San Pedro (350km ao norte), no departamento mais pobre do país.

Os dois chegaram muito cedo a San Pedro, uma cidade de pouco mais de 29 mil habitantes, onde participaram de um festival de música e fizeram um comício na praça principal, além de firmarem vários convênios de caráter energético, tecnológico, comercial e educacional.

"Assinamos várias cartas de intenções. Tomara que não fiquem apenas na intenção", manifestou Lugo, com franqueza, dirigindo-se à multidão.

Em um ato no qual prevaleceu o clima informal, o ex-bispo apresentou seus ministros, entre eles o da Fazenda, Dionisio Borda, e o das Relações Exteriores, Alejandro Hamed Franco."O Paraguai deixará de ser o país dos corruptos e do tráfico de influência", declarou Lugo.

"Vamos usar este sabre do (general Simón) Bolívar contra a bandidagem, contra os que roubaram o povo, contra a corrupção", prometeu Lugo, erguendo uma réplica que lhe havia sido entregue por Chávez, pouco antes, para ratificar o compromisso de apoiar seu governo.

Grandes desafios -
Assim como fez no discurso de posse, na sexta-feira, o presidente voltou a advertir para a árdua tarefa que tem pela frente. "Não vai ser fácil, mas nós nunca gostamos das coisas fáceis. Gostamos dos grandes desafios. Não fomos feitos para coisas pequenas. O Paraguai voltará a ser grande (...)", frisou.

Em sua intervenção, Chávez ratificou seu apoio ao novo governo e disse que seu país quer "cumprir ao pé da letra" os convênios assinados.

"Vamos fornecer ao Paraguai todo o petróleo de que necessitar", prometeu Chávez, expressando sua confiança em que o novo Congresso ratifique o ingresso da Venezuela no Mercosul. "Do meu ponto de vista, o país mais prejudicado no Mercosul pelo não ingresso pleno é o Paraguai, porque o que nós queremos é aumentar as compras desse país", afirmou.

A ratificação da entrada da Venezuela como membro pleno no bloco também está pendente em Brasília.

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