postado em 17/08/2008 10:23
O governo de Israel aprovou neste domingo (17/08) a libertação de 200 prisioneiros palestinos, em um gesto de boa vontade para com o governo palestino. A proposta passou pelo gabinete do primeiro-ministro Ehud Olmert por 16 votos contra 4.
No início do mês, Olmert disse ao presidente palestino Mahmoud Abbas que iria libertar parte dos 11 mil palestinos detidos por Israel para ajudar na evolução das conversações de paz.
A questão dos prisioneiros é extremamente emocional para os palestinos, visto que muitos conhecem alguém que está encarcerado ou já passaram pelas prisões israelenses. Os palestinos consideram o sistema jurídico de Israel injusto e têm elevado os prisioneiros a condição de heróis. Abbas, conhecido como Abu Mazen, tem clamado por uma libertação em grande escala.
Na Faixa de Gaza, o primeiro-ministro palestino Salam Fayyad recebeu bem o notícia, mas disse que Israel deveria libertar um número ainda maior de prisioneiros. "Nós saudamos a libertação de qualquer prisioneiro palestino. Isso é considerado uma vitória para os palestinos", declarou à Associated Press durante uma visita ao vilarejo de Tubas, no norte. "Nós pedimos que os israelenses mudem as condições para a liberação de prisioneiros e pedimos pela libertação de todos, sem exceção".
Ataque
As autoridades de segurança de Israel ainda precisam aprovar a lista de prisioneiros que ganhará a liberdade a partir da decisão anunciada hoje. Mas oficiais do gabinete disseram que a relação de nomes possivelmente irá incluir dois palestinos envolvidos em um ataque mortal contra israelenses. Um oficial disse que a justiça acredita que os dois homens, condenados por ataques que ocorreram no final dos anos 1970, dificilmente voltarão a praticar atos de violência.
A posição oficial de Israel é a de que palestinos envolvidos em ataques fatais não podem ser libertados. No entanto, o governo tem aberto exceções recentemente, como no caso da libertação no mês passado de um prisioneiro libanês condenado pela morte de três israelenses. Nesse caso, a decisão foi resultado das negociações com o Hezbollah.