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Irã insiste que seu foguete Safir pode colocar satélites em órbita

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postado em 18/08/2008 11:01
TEERÃ - O foguete Safir, lançado no domingo pelo Irã, é capaz de colocar um satélite leve em órbita baixa da Terra, afirmou nesta segunda-feira (18/08) a televisão pública iraniana, depois que fontes ocidentais colocaram em dúvida essa capacidade. "O foguete pode colocar um satélite leve em órbita baixa, a uma distância mínima de 250 km da Terra e máxima de 500 km", afirmou o locutor. O lançamento pelo Irã ao espaço de um foguete de fabricação local foi considerado "preocupante" no domingo pela Casa Branca, uma vez que uma tal tecnologia poderia também ser empregada em mísseis balísticos. "O desenvolvimento e o teste de foguetes pelo Irã é fonte de inquietação e levanta novas questões quanto as intenções do país", afirmou Gordon Johndroe, porta-voz da Casa Branca em Crawford, onde o presidente George Bush passa férias em seu rancho. "Esta iniciativa e as possibilidades de um uso duplo para seu programa de mísseis balísticos não está de acordo com as obrigações exigidas de Teerã pelo Conselho de Segurança da ONU", acrescentou Johndroe. O Irã anunciou ter lançado com sucesso domingo um foguete de fabricação local, conseguindo pôr em órbita um "satélite de teste", um gesto que poderia exacerbar o clima de tensão já forte entre Teerã e o Ocidente por causa do programa nuclear iraniano. "O foguete Safir foi lançado com sucesso. Todos seus sistemas, principalmente de telecomando e de controle, são de fabricação iraniana", declarou Reza Taghipour, chefe da Organização espacial iraniana, à televisão de Estado. "Assim, o caminho foi pavimentado para enviar no futuro um satélite de comunicação ao espaço", acrescentou a televisão iraniana mostrando imagens apresentadas como se fossem do lançamento do foguete. As potências ocidentais, com os Estados Unidos na liderança, temem que o Irã possa desviar seu programa nuclear civil para objetivos militares embora Teerã desminta que tenha tal intenção. Teerã também se recusa a suspender seu programa de enriquecimento de urânio apesar de três resoluções e de sanções do Conselho de Segurança da ONU.

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