postado em 25/08/2008 11:12
MADRI - Cinco dias depois do acidente com o avião da companhia aérea Spanair no aeroporto de Madri, mais da metade dos corpos dos 154 passageiros mortos foi identificada, segundo divulgaram as autoridades nesta segunda-feira (25/08), enquanto prosseguem as investigações sobre as causas da tragédia. Já há mais de 90 vítimas identificadas, mas ainda restam 63 por confirmar, anunciou o ministro do Interior, Alfredo Pérez Rubalcaba.
"Encontramos mais dificuldade que as previstas devido ao mau estado de alguns corpos", explicou à imprensa. Já o diretor-geral de Aviação Civil, Manuel Bautista, declarou que a Spanair passou desde janeiro por mais de 100 inspeções, defendendo a segurança da companhia.
"Em todas as inspeções não detectamos qualquer problema que afetasse a segurança nem estivesse relacionado com sua política de redução de custos", assegurou o chefe da Aviação Civil, subordinado ao ministério do Desenvolvimento e máxima autoridade em segurança seguridad aeronáutica.
Bautista defendeu também a segurança aérea na Espanha argumentando que sua direção, na qual trabalham 417 pessoas, aumentou em 40% seu pessoal em quatro anos e faz um enorme esforço de multiplicação do número de inspeções.
No domingo, outro avião MD-82 da Spanair interrompeu seu vôo entre Barcelona e o arquipélago das Canárias após um incidente técnico sem gravidade. O avião teve de aterrissar na manhã deste domingo em Málaga, na Andaluzia (sul), depois que o piloto informou um incidente. "São incidentes que acontecem regularmente, é a vida diária de todas as companhias", declarou um porta-voz da Spanair, sem indicar a natureza do problema.
O avião que apresentou defeito neste domingo é um MD-82, o mesmo modelo que caiu na quarta-feira. Os 141 passageiros foram levados para um hotel para pegar outro avião na segunda-feira. A polícia espanhol investiga agora se a perda de potência dos motores provocou o acidente de quarta-feira.
O avião decolou meio quilômetro depois do ponto regulamentar, o que "induz os investigadores a pensar que os motores não proporcionaram a potência necessária para levantar o avião", segundo a imprensa local, citando fontes ligadas à investigação preliminar da Guarda Civil.