postado em 26/08/2008 20:12
Denver - O candidato republicano, John McCain, acusou seu adversário democrata, Barack Obama, nesta terça-feira (25/08), de ter mais confiança em si mesmo do que em seu país e de minimizar o papel dos Estados Unidos no mundo.
"Meu adversário teve a chance de manifestar sua confiança nos EUA, quando ele se expressou em Berlim. De uma certa maneira, ele era a confiança encarnada. Mas a confiança em si e a confiança em um país não são a mesma coisa", alfinetou McCain, no Congresso da American Legion, uma associação de veteranos conservadores.
Quando um perigo surge, o mundo se lembra de que "a potência da América continua sendo a maior força a serviço do bem da Humanidade", acrescentou McCain, que acusou Obama de fazer "confusão" quanto ao lugar dos EUA no mundo.
"Se Obama acha, realmente, que, ao libertar o Iraque de um tirano perigoso, nós damos um exemplo ruim, que deu aos russos a oportunidade de invadir uma pequena nação pacífica e democrática (em uma referência à Geórgia), então ele deveria dizer isso, abertamente, porque é um debate que eu adoraria ver", alfinetou McCain.
"A confusão nesse tipo de questão traz mais problemas, violências e agressões", insistiu o republicano.
A equipe de campanha de Barack Obama respondeu às acusações, garantindo que o candidato democrata nunca estabeleceu um paralelo entre a invasão do Iraque e a da Geórgia e que ele condenou a agressão russa contra o país vizinho.
"O próximo presidente deve ter uma visão clara do papel da nossa nação no mundo, como defensor dos oprimidos e uma força pela paz", completou McCain, ressaltando que "para o bem da Humanidade e a defesa dos nossos valores nos problemas do mundo, a liderança americana é essencial".
Hari Sevugan, porta-voz de Obama, reagiu afirmando que "se há confusão, é entre o John McCain que afirma, de um lado, que o patriotismo de nenhum candidato deve ser questionado, e a realidade de sua campanha, caracterizada, a cada dia, por ataques pessoais, falsos e detestáveis contra o senador Obama".