postado em 28/08/2008 10:13
O candidato republicano à Casa Branca, John McCain, completa 72 anos nesta sexta-feira (29/08), dia em que poderá anunciar finalmente quem será seu companheiro de chapa, uma escolha que é motivo de debate entre a direita religiosa que pede uma figura conservadora e outros setores de seu partido, que preferem um especialista em economia.
Se McCain vencer o democrata Barack Obama nas eleições de novembro, será o presidente mais velho da história dos Estados Unidos, o que leva a crer que seu vice deverá ser uma pessoa mais jovem para equilibrar a balança.
Um anúncio nesta sexta-feira também permitiria que ele começasse sua campanha junto ao companheiro de chapa já no fim de semana, nos estados-chave da Pensilvânia e do Missouri, chamando assim a atenção da imprensa para a abertura, na segunda-feira, da Convenção Nacional Republicana.
A lista de candidatos a vice é liderada por Mitt Romney, de 61 anos, ex-governador de Massachusetts. Vencido por McCain durante as primárias, Romney acabou se unindo a ele e, inclusive, foi a Denver nesta semana para trabalhar contra a candidatura de Obama.
"Romney ajudaria McCain, que é considerado fraco nas questões econômicas", explica Heath Hall, analista da conservadora Heritage Foundation. "Do ponto de vista estratégico também permitiria a ele vencer em estados-chave como Colorado, Novo México e Nevada", destaca o analista.
Outro aspirante ao posto, Tom Ridge, 63 anos, foi o primeiro secretário de Segurança Interna de George W. Bush e atualmente é governador da Pensilvânia.
O atual governador de Minnesota, Tim Pawlenty, 47, é mais jovem e muito apreciado pela direita evangélica do Partido Republicano por sua firmes posturas anti-abortistas.
Já o senador independente Joe Lieberman, 66 anos, companheiro de chama de Al Gore em 2000, mas desde então persona non grata no Partido Democrata por suas posições sobre o Iraque, é agora uma figura muito ligada ao grupo republicano.
Sua indicação permitiria a McCain contra-atacar a mensagem de mudança da equipe Obama e recuperar os eleitores indecisos, apesar de correr riscos junto à direita religiosa por causa de seus pontos de vista às vezes liberais demais.