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ONGs denunciam novas normas européias sobre pesticidas nos alimentos

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postado em 28/08/2008 15:40
Bruxelas - Várias organizações, entre elas o Greenpeace e a rede PAN Europe (Pesticide Action Network) denunciaram nesta quinta-feira (28/08) as novas normas européias sobre pesticidas nos alimentos, que devem entrar em vigor segunda-feira e ameaçam, segundo elas, a segurança alimentar. A ONG holandesa Natuur en Milieu e a rede PAN Europe, ao qual pertence principalmente a associação francesa MDRGF (Movimento para o direito e o respeito às gerações futuras), abriram um processo na Corte européia de justiça contra esta nova lei. Segundo estas associações, o novo regulamento, que visa harmonizar na UE os tetos autorizados para a presença de resíduos de pesticidas nos alimentos, deve provocar o aumento espetacular dos limites existentes. Segundo um estudo publicado pelo Greenpeace e a ONG do meio ambiente austríaca Global 2000, "várias centenas de Limites Máximos em Resíduos (LMR) se tornam perigosas para os consumidores", e isso aos olhos até das normas de análise e dos métodos fixados pela UE". "Em particular, o consumo de maçãs, peras, uvas, tomates e pimenta (...) pode agora apresentar riscos para a saúde das crianças", destacaram as associações num comunicado. "A Comissão não cumpriu sua obrigação de fixar os limites legais mais baixos possíveis", disse Elliott Cannell, coordenador do PAN Europe, em entrevista à imprensa em Bruxelas. "Ela também não avaliou os efeitos cumulativos dos pesticidas sobre a saúde humana", segundo François Veillerette, presidente do MDRGF, citado pelo comunicado, justificando, assim, a ação na justiça apresentada pela Natuur en Milieu et PAN Europe. Atualmente, cada país da UE tem seus próprios limites legais sobre pesticidas.

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