postado em 30/08/2008 09:50
O furacão Gustav, que alcançou neste sábado (30/08) a categoria 3 (com ventos superiores a 178 km/h) depois de atravessar a ilha da Jamaica em sua passagem arrasadora pelo Caribe, deixou pelo menos 85 mortos e ameaça seriamente Cuba, que já se declarou em alerta máximo.
Gustav deixou 85 mortos em sua passagem pelo Caribe e agora ameaça Cuba, o Golfo do México e o sul dos Estados Unidos, segundo os serviços meteorológicos.
No Haiti, o furacão provocou 66 mortos, 10 desaparecidos e 27 feridos, informou a Defesa Civil haitiana.
Na República Dominicana, Gustav matou oito pessoas, todos membros de uma mesma família, e na Jamaica, o furacão deixou 11 mortos, segundo as autoridades.
Gustav destruiu casas, escolas, estradas e deixou sob as águas dezenas de cidades do Haiti, onde mais de 8 mil pessoas ainda permanecem nos abrigos provisórios montados pelo governo.
As agências da ONU estão distribuindo alimentos e outros gêneros para os atingidos.
Na Jamaica, o governo informou que há entre 3.500 e 4.000 desabrigados, e que muitos resistem a voltar para suas casas, que foram inundadas.
Gustav chegou à ilha de Hispaniola, compartilhada por Haiti e República Dominicana, como furacão, mas em seguida perdeu força e se transformou em tempestade tropical.
Nesta sexta-feira (29/08), Gustav voltou a ganhar força e recuperou a categoria de furacão, de nível 1 na escala escala Saffir-Simpson (de 1 a 5).
Às 21h (de Brasília), o centro de Gustav estava 145km a leste das Ilhas Cayman e a 585km a sudeste do extremo oeste de Cuba, com ventos de 130 km/h, segundo o Centro Nacional de Furacões dos Estados Unidos (NHC), baseado em Miami (Flórida).
Gustav deve atingir a Louisiana, no sul dos Estados Unidos, na segunda (1º/09) ou terça-feira (02/09), três anos após o desastre provocado pelo furacão Katrina.
Nesta sexta-feira (29/08), o presidente George W. Bush declarou estado de emergência na Louisiana, prevendo a chegada de Gustav, o que possibilitou desbloquear ajudas federais para possíveis vítimas.
Várias petroleiras evacuaram seu pessoal das plataformas do Golfo do México, onde 26% do petróleo americano é produzido. As atividades de exploração foram interrompidas.