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Cinema: Festival de Veneza exibe co-produção brasileira

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postado em 30/08/2008 18:40
A 65ª edição do Festival de Veneza teve uma semana difícil, desde a abertura do evento, na quarta-feira, já que nenhum dos seis filmes em competição conseguiu seduzir o público até agora, e várias produções receberam, inclusive, críticas bem duras da imprensa especializada. Dois novos filmes estréiam, neste sábado, na disputa pelo Leão de Ouro: "Un giorno perfetto", de Ferzan Özpetek, e a co-produção Brasil/China/Japão "Plastic city", de Yu Lik-wai, com os atores brasileiros Tainá Muller e Milhem Cortaz. Os longas exibidos nesta sexta-feira decepcionaram. O jornal italiano "Corriere della Sera" comenta que a construção complexa de "The burning plain", que desconcerta o espectador com flashbacks não identificáveis como tais, parece um pouco "gratuita" e vê "uma astúcia do roteirista", que mascara "uma direção apenas correta, escolar". Mas o vinho melhora com o tempo, contemporiza o jornal, lembrando que esse ainda é o primeiro filme, como diretor, do brilhante roteirista mexicano Guillermo Arriaga ("Babel", "21 Gramas"). Em relação ao thriller erótico-literário "Inju", no artigo intitulado "Um filme de horror que provoca a hilaridade", a crítica do jornal "La Repubblica" ironiza: "o que faz um filme desse na competição pelo Leão de Ouro?". Para o "Corriere", o veterano da Nouvelle Vague "Barbet Schroeder imita (mal) Alfred Hitchcock", nesse filme "sem suspense, que acaba irritando o espectador, prisioneiro de uma farsa cerebral e pretensiosa". "Um passo em falso na seleção oficial difícil de perdoar", conclui o jornal, ao se referir ao diretor artístico Marco Müller, em seu segundo mandato de quatro anos à frente do Festival. A chinesa Huang Yi, o diretor Yu Lik-Way e os brasileiros Tainá Müller e Milhem Cortaz

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