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Itamaraty demonstra apoio ao presidente paraguaio

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postado em 02/09/2008 16:15
O governo brasileiro reagiu nesta terça-feira (02/09) à notícia de que o presidente do Paraguai, Fernando Lugo, estaria sendo vítima de uma conspiração orquestrada por seu antecessor, Nicanor Duarte, divulgando uma nota em que demonstra preocupação. O ex-presidente também reagiu dizendo que Lugo foi enganado para denunciar plano de golpe. As graves denúncias feitas na segunda-feira pelo presidente paraguaio foram interpretadas em Brasília como uma ameaça à democracia no país vizinho. Com isso, o Itamaraty se apressou em declarar total apoio ao presidente paraguaio, empossado no mês passado. "O governo brasileiro confia em que a institucionalidade democrática será plenamente mantida no país e reafirma seu apoio ao presidente Lugo, legitimamente eleito pelo povo paraguaio", diz a nota. Lugo convocou a imprensa, na segunda-feira, para denunciar que o ex-presidente Nicanor Duarte e o ex-general Lino Oviedo querem desestabilizar seu governo. Depois de ser informado sobre uma reunião na casa de Oviedo, o presidente acusou os dois de estarem "conspirando" contra seu governo. "Como presidente, não permitirei que as Forças Armadas sejam utilizadas por interesses sectários. Peço à cidadania que esteja alerta diante de possíveis golpes. Não permitiremos que se atente contra a liberdade do nosso povo", disse o presidente. Além de Oviedo e de Nicanor Duarte, integrantes do legislativo e do judiciário teriam participado do encontro na casa do ex-general, entre eles o presidente do Congresso Nacional, senador Enrique González Quintana, o vice-presidente do Tribunal de Justiça Eleitoral, Juan Manuel Morales, o Procurador Geral do Estado, Rubén Amarilla, e o general Máximo Díaz, que revelou a reunião à Cúpula das Forças Armadas. Lugo enfrenta sua primeira crise política menos de um mês depois de tomar posse, derrubando mais de seis décadas de domínio do Partido Colorado. Eleito pela Aliança Patriótica para a Mudança (APC, na sigla em espanhol), ele enfrenta o desafio de governar com uma coalizão variada, que vai desde o o PLRA (de centro-direita) a movimentos de esquerda.

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