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Bush diz ser cedo para avaliar danos do Gustav a estruturas petrolíferas

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postado em 02/09/2008 16:45
São Paulo - O presidente dos EUA, George W. Bush, disse nesta terça-feira (02/09) que ainda é cedo para avaliar os estragos que o furacão Gustav causou às instalações petrolíferas na região do golfo do México, mas destacou que há "sinais encorajadores" de que houve poucos danos. "Estamos agora no processo de avaliação dos eventuais danos causados à infra-estrutura (petrolífera da região)", disse Bush. "Ainda é cedo para fazer um juízo sólido", afirmou. Ele lembrou os estragos causados a plataformas no golfo em 2005, quando a região foi atingida pelo furacão Katrina. "Não vimos muito daquilo acontecer desta vez, mas digo que ainda é um pouco cedo para fazer essas avaliações", disse. O presidente ainda destacou que o Congresso precisa aprovar a extração de petróleo em alto-mar. "Essa tempestade não deve levar os membros do Congresso a dizerem: "Bem, não temos mais de lidar com a questão da nossa independência energética´." Em junho, Bush já havia pedido ao Congresso que permita a extração de petróleo em alto mar --onde, segundo ele, há reservas de 18 bilhões de barris de petróleo-- e no Refúgio Ártico Nacional de Vida Selvagem (ANWR, no Alasca), um parque de 7,7 milhões de hectares. O presidente não conseguiu essa aprovação mesmo quando as duas câmaras eram controladas pelos republicanos. "O Congresso precisa encarar uma realidade difícil (...) A menos que os membros (do Congresso) estejam dispostos a aceitar preços da gasolina nos níveis dolorosos de hoje, ou mesmo mais altos, nosso país precisa produzir mais petróleo, e temos de começar agora", disse Bush à época. O Gustav perdeu força nesta terça e passou de tempestade tropical a depressão tropical, segundo o NHC (Centro Nacional de Furacões, na sigla em inglês). Nesta segunda, ainda como furacão, ele atingiu o Estado de Louisiana (EUA) com fortes ventos e chuvas intensas. O furacão deixou ao menos sete mortos nos Estados Unidos, em acidentes ou transferências de pacientes de hospitais, elevando para mais de cem o número de mortes provocados desde sua passagem pelo Caribe. O NHC ressaltou que "a ameaça do Gustav mudou e é representada agora por chuvas torrenciais e inundações no interior". O furacão afetou as costas do golfo do México na segunda-feira, mas não rompeu os diques que protegem a cidade de Nova Orleans. As autoridades consideram que a cidade resistiu ao pior.

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