Mundo

Reembolsos podem chegar a US$ 10 bi com furacão, dizem seguradoras

;

postado em 02/09/2008 17:41
São Paulo - Estimativas preliminares das seguradoras informam que os pedidos de reembolsos de seguros devido a destruição causada pelo furacão Gustav podem chegar a US$ 10 bilhões, incluindo danos em instalações petrolíferas no Estado da Louisiana. "Vamos lidar primeiro com os nossos segurados que sofreram maiores danos", disse a porta-voz da Nationwide Mutual Insurance, Elizabeth Stelzer. Segundo ela, terão prioridades as casas que ficaram sem condições de habitação. Estimativas da Risk Management Solutions apontam que as perdas em terra devem ficar entre US$ 3 bilhões e US$ 7 bilhões, enquanto os danos em plataforma de petróleo podem ficar entre US$ 1 bilhão e US$ 3 bilhões. "Ainda é muito cedo e estamos avaliando os danos. Nós estamos vendo mais uma ação do vento do que uma inundação", afirmou o porta-voz do Travelers Group, Matt Bordonaro. Analistas da indústria de seguros avisaram que os dados do setor podem subestimar o valor real das perdas, pois não incluem os danos a propriedades que não estão seguradas. O total das perdas somente será conhecido após meses, estimam os responsáveis. O furacão Katrina, que assolou os Estados Unidos há três anos, foi a maior perda da história por desastre natural do setor de seguros. As empresas pagaram US$ 41 bilhões devido a 1,7 milhão de reclamações por danos em residências, empresas e veículos em seis Estados. O recorde anterior pertencia aos prejuízos causados pelo furacão Andrew, em 1992, que resultou em 790 mil reclamações e custaram US$ 15,5 bilhões as seguradoras. O Gustav perdeu força hoje e passou de tempestade tropical a depressão tropical, segundo o NHC (Centro Nacional de Furacões, na sigla em inglês). Ontem, ainda como furacão, ele atingiu o Estado de Louisiana com fortes ventos e chuvas intensas. O furacão deixou ao menos sete mortos nos Estados Unidos, em acidentes ou transferências de pacientes de hospitais, elevando para mais de cem o número de mortes provocados desde sua passagem pelo Caribe. O NHC ressaltou que "a ameaça do Gustav mudou e é representada agora por chuvas torrenciais e inundações no interior". O furacão afetou as costas do golfo do México na segunda-feira (1°), mas não rompeu os diques que protegem a cidade de Nova Orleans. As autoridades consideram que a cidade resistiu ao pior.

Tags

Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor. As mensagens estão sujeitas a moderação prévia antes da publicação