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Por teleconferência, Bush diz que McCain manterá luta contra o terror

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postado em 02/09/2008 23:17
O presidente americano, George W. Bush, disse aos delegados republicanos reunidos nesta terça-feira (02/09) em St. Paul (Minnesota) que o candidato do partido à Casa Branca, John McCain, é o homem certo para liderar os Estados Unidos. Sem impor à campanha de McCain o "peso" de sua presença na Convenção Republicana, Bush deu seu recado por videoconferência, alegando compromissos ligados à passagem do furacão Gustav pela Louisiana. "A vida de John McCain o preparou para tomar essas decisões. Está pronto para liderar esta nação", disse Bush aos delegados republicanos. Bush destacou que McCain está certo quando pensa que os Estados Unidos "estão ganhando a guerra" no Iraque e quando não descarta a manutenção de tropas no país árabe por muitos anos, no modelo das bases americanas na Alemanha, Japão e Coréia do Sul. "Vivemos em um mundo perigoso e precisamos de um presidente que entenda as lições de 11 de setembro de 2001: para proteger os EUA, precisamos permanecer na ofensiva, evitar ataques antes que eles aconteçam e não esperar pelo próximo. O homem que precisamos é John McCain", disse Bush. "John é um homem independente que pensa por si. Ele não tem medo de dizer algo quando discorda de alguém. Não importa o assunto, este homem é honesto e fala diretamente com o coração". Além disso, "a independência e o caráter de McCain ajudaram a mudar a História", destacou Bush, referindo-se ao apoio do senador ao reforço de tropas para o front iraquiano, em janeiro de 2007. "Muitos no Congresso afirmaram que isso não funcionaria. Mesmo assim, um senador acima de todos tinha fé em nossas tropas e na importância de sua missão - e este senador era John McCain". "Alguns disseram a ele que seu apelo precoce e consistente por mais tropas seria um risco para sua campanha presidencial. Ele respondeu que preferia perder a eleição do que ver seu país perder uma guerra. Esse é o tipo de coragem e visão que precisamos para nosso próximo comandante-em-chefe". Na breve mensagem, de apenas 9 minutos, Bush também convocou os militantes do partido a fazer o possível para que John McCain seja eleito presidente dos Estados Unidos. Bush justificou sua ausência em St. Paul pela necessidade de viajar às pressas para a Louisiana, depois da passagem do furacão Gustav pelo estado, três anos depois da devastação do Katrina - quando o presidente foi duramente criticado por sua resposta lenta para ajudar as vítimas da tragédia em Nova Orleans. A presença do presidente na Convenção Republicana, que prosseguirá até a próxima quinta-feira, era objeto de debate entre os líderes republicanos, já que muitos temem que a impopularidade de Bush contamine McCain. No momento, Bush tem a aprovação de apenas 30% dos americanos. A campanha do democrata Barack Obama tem concentrado seus ataques no apoio que McCain deu a algumas políticas de Bush, em particular a invasão do Iraque.

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