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Pesquisadores provam que não há relação entre autismo e vacina contra sarampo

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WASHINGTON - Cientistas americanos confirmaram que não há relação entre o autismo e a vacina combinada contra o sarampo, a rubéola e a caxumba, desmentindo assim uma pesquisa do dr. Andrew Wakefield do Royal Free Hospital da Grã-Bretanha de 1998, informou nesta quinta-feira (04/09) o site do jornal Public Library of Science. Wakefield, cujos trabalhos foram divulgados na época pela revista Lancet, pediu depois oficialmente sua retratação. Pesquisadores da Universidade de Colúmbia em Nova York e dos Centros Federais americanos de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) tentaram assim encontrar sinais da presença de marcadores genéticos do vírus do sarampo em mostras de tecidos intestinais de 25 crianças autistas e que também sofriam de problemas gastro-intestinais. Eles compararam estas mostras com as mostras de 13 crianças da mesma idade que tinha os mesmos problemas intestinais, mas que não eram autistas. Os tecidos foram analisados por três laboratórios que desconheciam a procedência do material. "Este estudo mostra sem nenhuma dúvida a ausência de uma relação entre o autismo e a vacina", concluíram os autores, que também analisaram os dados sobre os antecedentes médicos das crianças para determinar se o surgimento de seu autismo ou de seus problemas intestinais precedia à vacinação.