postado em 09/09/2008 17:25
União Européia (UE) e Ucrânia se comprometeram a assinar um "acordo de associação" até 2009, em uma declaração adotada ao término de uma reunião de cúpula em Paris na qual não foi mencionado o ingresso de Kiev no bloco europeu.
Esse acordo de associação tem como objetivo dar um "impulso decisivo" e "deixará o caminho aberto para desenvolvimentos progressivos suplementares nas relações UE-Ucrânia", indica o texto.
"A União Européia está atenta às aspirações européias da Ucrânia e saúda sua preferência européia", prossegue a declaração, que destaca também a "convergência gradual com a Ucrânia", sem mencionar a adesão.
O texto ressalta ainda que a Ucrânia, "país europeu, compartilha com os países da UE uma história e valores comuns".
O presidente francês Nicolas Sarkozy, que ocupa a Presidência interina da UE, reconheceu implicitamente as divisões dos 27 a respeito desse tema, declarando à imprensa: "a União não me autorizou a tomar outra decisão".
A Polônia, os países bálticos, a Grã-Bretanha, a Suécia e a República Tcheca apóiam a integração ucraniana ao bloco europeu.
Alemanha, Holanda, Bélgica e Luxemburgo, reticentes em ver a Ucrânia dentro da UE, pedem prudência ante uma reação russa e frente à crise política entre o presidente Victor Yushenko e a primeira-ministra Yulia Timoshenko, além de exigirem a condição de que Kiev empreenda profundas reformas.
O presidente ucraniano, que participou da reunião de cúpula de Paris, falou de um evento "histórico", "o mais produtivo" de todos os realizados entre seu país e a UE.