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Obama ainda não sabe como responder fenômeno Sarah Palin

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WASHINGTON - Barack Obama, acusado de sexismo pelos republicanos, ainda não encontrou o tom das respostas ao fenômeno Sarah Palin, a companheira de chapa do adversário republicano John McCain na disputa pela Casa Branca, o que provoca perdas com o eleitorado feminino. Segundo uma pesquisa publicada quinta-feira pela Universidade de Quinnipac, os eleitores entrevistados em três estados chaves - Flórida, Ohio e Pensilvânia - onde a votação será apertada em 4 de novembro, consideram boa a escolha da governadora do Alasca por McCain: 60% contra 26% na Flórida, 57% contra 30% em Ohio e 55% contra 33% na Pensilvânia. Ao mesmo tempo, a chapa republicana se beneficia cada vez mais do apoio das mulheres brancas, com quatro pontos a mais em Ohio numa comparação com agosto, cinco a mais na Pensilvânia e dois a menos na Flórida, onde já tinha um percentual alto. John McCain e Sarah Palin tem maioria entre as mulheres da Flórida (47% contra 45%). A situação não é a mesma nos outros dois estados, mas os republicanos ganham terreno. Enquanto McCain parece estar recuperando parte dos seguidores da democrata Hillary Clinton, os republicanos passaram a usar uma declaração de terça-feira de Barack Obama, a de que o programa do adversário equivalia a "colocar batom em um porco". "Com certeza vocês viram os ataques vergonhosos que o senador Obama e seus aliados liberais fizeram contra nossa candidata à vice-presidência, a governadora Sarah Palin", afirma uma mensagem indignada da campanha de McCain enviada aos simpatizantes. "Estes ataques falsos e ofensivos deven parar", acrescentar. Em um vídeo, a campanha de McCain exibe a declaração de Obama sem a intrrodução e conclui: "Barack Obama está pronto para governar? Não. Pronto para insultar? Sim". Obama conseguiu responder apenas que a polêmica, "feita de mentiras e de falsos escândalos", afasta o debate das questões importantes: crise energética, sistema educativo, economia, guerras no Iraque e Afeganistão. Palin, que está sob os holofotes depois de uma série de revelações embaraçosas por parte da imprensa, incluindo um caso de mau uso de fundos públicos no Alasca, não vê o apoio popular reduzir. Ela continua sendo, para os eleitores, uma opção melhor que Joe Biden, o candidato a vice de Barack Obama, segundo uma pesquisa do canal CNN. O efeito Palin, sem sombra de dúvidas, impulsiona a campanha de McCain. No entanto, para alguns analistas, como Thomas Mann da Brookings Institution, ligada aos democratas, isto é efêmero. "Toda a história de McCain e Palin para as eleições - o herói de guerra e a mãe que parte para Washington para fazer um pouco de limpeza - tem tanta falta de credibilidade que desabará antes da votação", disse. Já Karl Rove, estrategista de George W. Bush entre 2000 e 2004, afirmou ao Wall Street Journal que "com Palin, Obama enfrenta um fenômeno que modificou a dinâmica das eleições". "Os americanos poucas vezes viram alguém que atraiu tão rápido tanta quantidade de eleitores de maneira tão imponente", opinou.