postado em 12/09/2008 14:16
O governo da Venezuela anunciou nesta sexta-feira (12/09) que vai cortar o número de vôos entre o país e os Estados Unidos a partir de 28 de setembro. A decisão foi tomada dias depois da Agência de Segurança e Transporte dos Estados Unidos (TSA, na sigla em inglês) avisar que não poderia garantir a segurança de vôos para aeroportos venezuelanos.
O Instituto Nacional de Aviação Civil da Venezuela (INAC) emitiu uma nota oficial rechaçando a atitude dos americanos, na qual afirma que a jurisdição da TSA "se resume exclusivamente ao território dos EUA".
O presidente do INAC, José Martínez, afirmou que a medida anunciada nesta sexta-feira busca "corrigir o desequilíbrio em favor das empresas americanas", mas escreveu no comunicado enviado às empresas que "a TSA insiste em manter uma atitude de desprestígio" contra a Venezuela. As empresas americanas American Airlines, Delta e Continental concentram 80% dos quase 90 vôos semanais entre ambos os países.
Falências
Já as empresas venezuelanas vêm sendo afetadas por problemas financeiros e perderam terreno, o que levou algumas à falência.
Empresas turísticas em Caracas afirmaram que as medidas do governo venezuelano podem levar a um aumento no preço das passagens aéreas.
"Os vôos para os EUA estão cheios até 17 de janeiro. Como vão cancelar essas reservas agora?", disse um porta-voz de uma agência de viagens da capital.
Esta é a segunda vez que Venezuela e Estados Unidos entram em rota de colisão por causa dos vôos entre os países. Em 2006, o presidente Hugo Chavez ameaçou suspender os vôos de empresas americanas para o país, já que a Administração Federal de Aviação (FAA, na sigla americana) se recusava a subir a nota de segurança internacional do país.
O impasse foi resolvido com a reclassificação dos aeroportos --fato que, segundo fontes do setor, já teria sido decidido antes da medida de Chavez.
Com BBC