postado em 12/09/2008 19:09
O marido da candidata republicana à vice-presidência dos EUA Sarah Palin foi convocado por uma comissão de investigação como testemunha em um caso de abuso de poder por parte de sua mulher, que governa o Alasca, informou uma fonte parlamentar nesta sexta-feira (12).
Todd Palin está entre as 13 pessoas convocadas a testemunhar sob juramento para tentar elucidar esse caso potencialmente explosivo e que já está sendo chamado de "Troopergate" pela imprensa americana.
Palin é suspeita de cometer abuso de poder ao demitir, em 11 de julho, o chefe da Segurança Pública do Alasca, conforme a acusação, porque este teria se recusado a despedir um agente de polícia envolvido em um divórcio litigioso com a irmã da ex-governadora.
Entre as outras 12 pessoas intimadas a depor, estão o chefe de gabinete da governadora e seu vice. Já a própria Sarah Palin ainda não foi chamada.
Segundo as regras em vigor na Câmara estadual do Alasca, situada na capital, Juneau, essas convocações ainda devem ser aprovadas pela presidente do Senado local, Lyda Green.
Assim como Palin, Green é republicana e originária da cidade de Wasilla, de onde Sarah foi prefeita. Ambas são, porém, adversárias políticas, e os analistas não acreditam que ela vá anular o procedimento.
Palin, que rejeitou as acusações de abuso de poder, declarou, na abertura das investigações no final de julho, que iria cooperar plenamente com o caso. Na época, seu nome ainda não tinha sido anunciado para completar a chapa de John McCain na disputa pela Casa Branca.
Desde então, sete funcionários do alto escalão do governo do Alasca e membros do gabinete de Palin cancelaram seus depoimentos, ou simplesmente se recusaram a falar com os investigadores.